Nova York - Os preços do petróleo terminaram estáveis nesta quinta-feira (28/4) em Nova York, após alcançar seu maior nível desde setembro de 2008, perto dos 114 dólares, impulsionados pelo enfraquecimento da moeda americana, enquanto em Londres perderam alguns centavos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho fechou em 112,86 dólares, em alta de 10 centavos em relação à quarta-feira.
Os preços passaram grande parte do dia evoluindo em torno do equilíbrio, alcançando durante a sessão 113,97 dólares o barril, um teto que não registrava desde 22 de setembro de 2008.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento caiu 11 centavos, a 125,02 dólares.
"O dólar segue orientado à baixa, o que sustenta os preços do petróleo, no âmbito da situação geopolítica no Oriente Médio", explicou Matt Smith, da Summit Energy.
O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos confirmou na quarta-feira que planeja manter sua taxa de juros quase nula durante um longo tempo e finalizar seu programa de compra de ativos nos mercados para sustentar a economia.
Estas medidas afetam a cotação da moeda americana, que encontra-se nesta quinta-feira em seus níveis mais baixos desde o fim de 2009 perante o euro, o que leva os investidores a colocar seus capitais nas matérias-primas para protegê-los da inflação.
Mas os preços agrícolas foram afetados por indicadores econômicos nos Estados Unidos que "não foram muito alentadores", segundo Smith.
Os pedidos de seguro desemprego aumentaram na semana passada e o crescimento da economia, a 1,8% interanual no primeiro trimestre, mostrou uma forte desaceleração.
"Isto não afeta os preços do petróleo e produtos refinados porque a oferta de gasolina é baixa atualmente", atenuou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.