O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), utilizado como base de cálculo para o reajuste dos valores do aluguel, subiu 0,45%, em abril, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), e ficou abaixo do índice registrado em março (0,62%). No acumulado do ano, o IGP-M registra 2,89%. Nos últimos doze meses, o índice chega a 10,60%.
A maior contribuição para o decréscimo da taxa foi dada pelo setor atacadista como reflexo de variações em baixa de algumas commodities. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), um dos três subcomponentes do IGP-M, passou de 0,65% para 0,29% e foi puxada, principalmente, pelo índice de matérias-primas brutas (de 0,61% para -0,57%).
O algodão em caroço teve queda (-3,96%) ante uma alta de 8,81% no mês anterior; a laranja (-13,65%) ante 5% e o café em grão registrou índice de 2,39%, variação menos intensa do que em março (11,58%). Essas oscilações ajudaram a neutralizar as elevações da soja (de -6,20% para -2,85%); suínos (de -9,73% para 7,89%) e cana-de-açúcar (de 1,25% para 3,88%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,78%, acima da taxa anterior (0,62%) com acréscimos em cinco dos sete grupos pesquisados. Desses grupos, a maior pressão inflacionária foi constatada em transportes (de 1,15% para 1,75%) como efeito dos reajustes da gasolina (de 0,89% para 4,32%) e do álcool combustível (de 6,73% para 13,45%).
No grupo alimentação, a taxa passou de 0,69% para 0,87% com destaque para as carnes bovinas (de -2,47 para 0,08%); em vestuário, o índice passou de 0,78% para 1,02% sob influência dos calçados (de 0,07% para 1,20%); em saúde e cuidados pessoas (de 0,62% para 0,86%) como reflexo dos medicamentos (de 0,33% para 1,56%) e no grupo educação, leitura e recreação o índice subiu de 0,18% para 0,39%, puxado pela passagem aérea (-9,28% para 2,64%).
Nos demais grupos foram constatadas a seguintes variações: em habitação alta de 0,37% ante 0,47% e despesas diversas 0,45% ante 0,49%.
O terceiro componente do IGP-M , o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), indicou avanço, passando de 0,44% para 0,75% , provocado pela mão de obra (de 0,27% para 1,16%).