A gigante japonesa da eletrônica Panasonic anunciou nesta quinta-feira um plano de reestruturação que inclui o fim de 35.000 postos de trabalho em todo o mundo entre março de 2010 e março de 2013, após a absorção integral da Sanyo e da Panasonic Electric Works.
O grupo reduzirá o número de funcionários a 350.000 em março de 2013, contra 385.000 ao fim de março de 2010.
No final de março deste ano, o número de funcionários da Panasonic foi reduzido a 366.900 pessoas, segundo a direção do grupo.
A redução de pessoal será realizada principalmente com saídas voluntárias e com a venda de setores de atividades, afirmou o grupo. Muitos dos empregos que serão eliminados se encontram no exterior, apesar de a Panasonic não dar detalhes.
Também estão previstas deslocamentos de fábricas e um aumento da parte da atividade confiada às terceirizadas, em particular para a fabricação de telas de cristal líquido (LCD) e de plasma.
O grupo prevê investir 1,9 bilhão de dólares nos próximos dois anos para reestruturar-se e reforçar sua competitividade.
A absorção das empresas afiliadas Sanyo e Panasonic Electric Works (PEW), este mês, faz parte da mesma lógica de racionalização de estrutura.
O grupo anunciou o plano de reestruturação coincidindo com a apresentação de objetivos em médio prazo, levando em conta as tendência mundiais e os efeitos do terremoto e tsunami de 11 de março no Japão.
A Panasonic disse querer concentrar suas atividades em três polos: os produtos para o grande público (aparelhos digitais e audiovisuais, eletrodomésticos), os componentes e peças soltas, e as soluções profissionais.
A Panasonic não publicou as previsões para o atual exercício fiscal, alegando que "é difícil avaliar o impacto do terremoto no leste do Japão".