Nova York - Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (27/4) em Nova York, sustentados pela manutenção da política flexível do banco central, que afeta o dólar.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho fechou em 112,76 dólares, em alta de 55 centavos em relação à terça-feira.
O dólar fraco e a queda das reservas de gasolina nos Estados Unidos sustentaram os preços do petróleo, explicou Adam Sieminski, do Deutsche Bank.
Os preços encontraram um apoio adicional na decisão do Federal Reserve americano de manter sua política monetária flexível com taxas quase nulas.
O dólar caiu mais após este anúncio.
"O rápido enfraquecimento do dólar sustentou os preços da energia" nos últimos tempos, lembrou o analista John Kilduff, tornando mais atrativas as matérias primas para os investidores munidos de outras moedas, convertendo-as em refúgio contra a inflação.
O euro subiu até 1,4743 dólar, seu nível mais alto desde dezembro de 2009.
Este apoio permitiu ao mercado superar o forte aumento das reservas de petróleo registrado na semana passada, mostrado pelo departamento de Energia (DoE) em seu informe semanal.
Segundo o DoE, as reservas de petróleo subiram 6,2 milhões de barris (mb) na semana finalizada em 22 de abril, superando os 900 mil barris adicionais esperados pelos analistas interrogados pela agência Dow Jones Newswires.
Pelo contrário, os estoques de gasolina caíram fortemente, em 2,5 milhões de barris.
"É importante seguir os números da gasolina com a aproximação da temporada das grandes viagens", que se multiplicam no verão boreal, ressaltou Adam Sieminski.
Além disso, a situação geopolítica no Oriente Médio e no norte da África continua tensa.
"Os problemas continuam sendo importantes na Líbia, sem solução à vista. Isto significa que um barril de Brent entre 120 e 125 dólares é provável", estimou Sieminski.