Rio de Janeiro - O consumo nacional de energia elétrica cresceu 4,8% nos três primeiros meses deste ano em relação ao primeiro trimestre de 2010, tendo atingido, de janeiro a março, demanda de 107.231 gigawatts-hora (GWh). As informações constam da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (26/4) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Segundo os dados da EPE, houve ;elevação significativa; em todas as classes de consumo, com o crescimento nos três primeiros meses de 2011 superando o período pré-crise de 2008. A demanda foi puxada pelo setor industrial, com expansão de 4,5% no consumo de energia.
Responsável por 56% de todo o consumo de eletricidade do país, a Região Sudeste registrou demanda total equivalente a 57,6 mil GWh, crescimento de 6,7% sobre o primeiro trimestre de 2010. Houve expansão ;significativa; do consumo em todos os estados, mas, em especial, no Rio de Janeiro, com elevação de 12,7%, seguido do Espírito Santo (11,2%). Em ambos os casos, as indústrias extrativa e metalúrgica, setores mais voltados para a exportação, impulsionaram o crescimento.
Já o maior crescimento percentual ficou com os consumidores comerciais e de serviços, com expansão de 6,1% entre um trimestre e outro, acumulando demanda de 18.961 GWh. Mais uma vez, o destaque ficou com o Sudeste, que consumiu 10.599 GWh, uma expansão de 6,4% sobre o consumo da região em 2010.
Apesar do destaque do Sudeste, em termos percentuais, as regiões Sul e Centro-Oeste também apresentaram, segundo a EPE, taxas de crescimento elevadas na classe comercial em relação às demais regiões: 6% e 7,9% respectivamente.
Embora com taxa acumulada no trimestre de 5,3%, o consumo residencial de energia elétrica registrou expressiva demanda de 28.760 GWh. Como já vinha ocorrendo ao longo de 2010, a região Nordeste continuou liderando a expansão da demanda, nas residências, em termos percentuais: 6,1%. Na avaliação da EPE, este comportamento reflete, por um lado, a expansão e o maior uso do estoque de eletrodomésticos nos domicílios, consequência do aumento da renda e da oferta de crédito às pessoas físicas. Por outro lado, também ao crescimento do número de ligações nesta região. A EPE constatou que, entre março de 2010 e março de 2011, dos cerca de 2 milhões de novos consumidores residenciais conectados à rede, cerca de 40% (764 mil) estão no Nordeste.