NOVA YORK - O preço do petróleo caiu nesta segunda-feira (18/4) em Nova York, com os investidores avaliando o estado da oferta, considerada abundante pela Arábia Saudita e pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos Estados Unidos) para entrega em maio fechou em 107,12 dólares, em queda de 2,54 dólares em relação a sexta-feira.
Vários fatores se combinaram para fazer os preços caírem, particularmente a ideia de uma oferta bastante abundante.
O ministro do petróleo saudita afirmou que o mercado estava "abundantemente abastecido", enquanto que reconhecia que a produção de seu país, maior exportador mundial, apenas tinha alcançado 8,29 milhões de barris diários em março contra 9,1 em fevereiro.
O secretário-geral da Opep, Abdullah El Badri, fez durante o fim de semana declarações semelhantes quanto à abundância.
"Se a Opep está disposta a dizer isso, é porque deve haver muito petróleo no mercado", opinou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock.
"Sabemos nos Estados Unidos, vemos as reservas acumulando-se semana após semana", explicou.
O mercado de petróleo também foi empurrado para baixo com as perspectivas da S em relação à dívida americana.
"As perspectivas de crescimento vão ser relativamente frágeis. É outra razão para que a oferta acumule-se e a demanda fragilize-se um pouco", disse o analista.
Além disso, uma nova alta das reservas obrigatórias dos bancos na China pesava sobre o mercado petroleiro.
"Isso poderia desacelerar um pouco a demanda por petróleo", explicou Phil Flynn, da PFG Best Research, no momento em que as autoridades chinesas tomam medidas contra uma inflação em alta.