Jornal Correio Braziliense

Economia

Riscos internacionais fazem fluxo cambial ficar negativo em US$ 14 milhões

A entrada de capital estrangeiro no Brasil deu uma esfriada e em seis dias úteis, até 8 de abril, a diferença entre tudo que ingressou e saiu do país deixou um saldo negativo de US$ 14 milhões. O resultado seria pior não fosse a movimentação no setor financeiro, que no mês registra um saldo positivo de US$ 80 milhões. A piora da crise nuclear no Japão e os conflitos no oriente médio, somado também ao menor volume de empresas captando no exterior, diminuiu a quantidade de dólares em circulação no Brasil. Ontem, a cotação da moeda norte-americana refletiu essa dinâmica e recuperou parte do que tinha perdido nas últimas semanas ao registrar alta de 0,76%, cotada a R$ 1,593.

Os contratos de câmbio entre importadores e exportadores também influenciaram o resultado negativo do fluxo cambial. As importações superaram as exportações em US$ 94 milhões. Ainda assim, a soma dos números do primeiro trimestre com os preliminares de abril registram um saldo positivo de US$ 35,5 bilhões -- desemprenho puxado principalmente por janeiro e março. Especialistas, porém, alertam que esse fluxo deve voltar a se elevar. Hoje, esse movimento já se reverteu e até às 12h o dólar operava em baixa de 0,13%, cotado a R$ 1,59.