Washington - Os países desenvolvidos registraram avanços limitados na redução de seu déficit orçamentário desde o começo do ano, em particular Estados Unidos e Japão, indicou o FMI nesta terça-feira.
Desde janeiro, "houve avanços limitados na redução dos riscos para a viabilidade orçamentária", indicou o FMI em seu relatório semestral "Monitor das finanças públicas".
Em 2011 "os déficits permanecerão altos, a proporção da dívida pública média vai superar 100% do PIB pela primeira vez desde os anos que procederam a Segunda Guerra Mundial, e as necessidades de financiamento atingirão níveis recorde", acrescentou.
Estados Unidos e Japão deverão ter em 2010 um déficit orçamentário superior a 10% do PIB. Só a Irlanda tem resultados tão ruins. "Os Estados Unidos adiaram o ajuste de seu orçamento, e o do Japão foi postergado em relação ao ritmo previsto em novembro, ou seja, antes do terremoto, que suscitará custos extras para as finanças públicas", indicou o FMI.
"A preocupação do mercado ante a viabilidade" da dívida "continua sendo moderada nos Estados Unidos, mas demorar a reagir poderá acabar sendo custoso para as finanças públicas, com aumentos do déficit exacerbados por impostos em aumento", acrescentou.
O Japão é o país desenvolvido que tem a maior dívida pública, equivalente a 229% do PIB este ano. De acordo com os cálculos dos economistas do Fundo, para reduzir esta dívida, deverá "registrar vastos excedentes" orçamentários no futuro.