O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que as medidas anunciadas nesta quarta-feira (06/4) pelo governo para desestimular a tomada de crédito no exterior e conter a valorização do real não são tomadas como "pílulas;. As ações têm sido adotadas de acordo com a necessidade do mercado. ;Temos um rol de medidas que podemos tomar e procuramos tomar medidas que não interfiram muito na economia. Claro que poderíamos tomar medidas mais drásticas, mas aí começa ter efeito colateral;, disse o ministro.
Mantega acrescentou que a medida que objetiva reduzir o ingresso de dólares no país visa a conter o consumo, mantendo o investimento. " Restringir muito o crédito no exterior pode afetar investimento, temos que ser cautelosos. Tomo a medida e vejo o resultado, não queremos comprometer investimento, de modo que a economia não tenha retração;, completou.
Por esse motivo, as ações têm sido anunciadas por etapas. ;Pra você calibrar isso, não é fácil. Prefiro errar pra menos no inicio do que pra mais, e a gente vai corrigindo. Medida que dose o remédio, que não tem efeito colateral porque, senão, conserta uma coisa e estraga outra. É por isso que a gente vai fazendo, [medidas] não são pilulas;, finalizou.