Rio de Janeiro - O Índice de Confiança de Serviços (ICS), apurado da Fundação Getulio Vargas, diminuiu 1,9% em março, na comparação com fevereiro, e passou de 133,9 para 131,3 pontos. A queda ocorre após alta de 4,5% na passagem de janeiro para fevereiro e confirma "a maior volatilidade do indicador" em 2011, segundo a instituição.
No trimestre, a média do ICS é de 131,1 pontos, um pouco abaixo do valor registrado no primeiro semestre de 2010 (132,5 pontos). Mas apesar da queda, o indicador para o período está acima da média (124 pontos) da série histórica iniciada em junho de 2008.
Entre os indicadores que compõem o ICS, o Índice da Situação Atual (ISA-S) registrou uma queda de 4% e diminuiu de 120,3 para 115,5 pontos.
O quesito que mais pressionou para baixo o indicador foi o nível de demanda atual, com recuo de 4,8% na comparação com o mês de fevereiro. Das 2.241 empresas consultadas na pesquisa, 23,8% avaliam a demanda atual como forte, enquanto 15,5% dizem que está fraca. Em fevereiro, os percentuais foram de 25,9% e 12,1%, respectivamente.
Já o Índice de Expectativas (IE-S), embora considerado elevado, apresentou uma diminuição de 0,3% na passagem de fevereiro para março. Em relação ao mesmo mês de 2010, está 5,8 pontos menor, o que pode indicar desaceleração do nível de atividade nos último meses, segundo a FGV.
Perguntados sobre a demanda para os próximos três meses, os empresários foram um pouco mais otimistas e o IE-S saltou de 145,8 para 147,5 pontos - o maior nível desde agosto de 2010. O dado reflete aumento do percentual de empresas que projetam aumento da demanda, que passou de 50,3% para 52,4%. As empresas que esperam redução subiram de 4,5% para 4,9%.