Jornal Correio Braziliense

Economia

Inflação medida pelo IPC-S encerra março em alta

Brasília - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) fechou o mês de março com alta de 0,71%. A taxa é 0,02 ponto percentual acima da variação apurada na terceira prévia (0,69%). No acumulado do ano, o IPC-S aumentou 2,49% e, nos últimos 12 meses, 5,86%.

Dos sete grupos pesquisados, cinco apresentaram taxas maiores do que as registradas na terceira prévia, com destaque para a alimentação, com alta de 0,98%, em média. Essa variação é 0,1 ponto percentual superior à constatada na pesquisa anterior (0,86%) e quase o dobro do índice da primeira prévia do mês (0,59%).

Entre as mercadorias cujos preços mais subiram no período entre os dias 22 e 31 de março estão as hortaliças e legumes (de 6,65% para 7,03%). As carnes bovinas mantiveram-se com taxa média negativa, mas a intensidade de queda diminuiu, passando de -2,33% para -1,63%. Já os pescados, como tradicionalmente ocorre nesta época do ano, tiveram expressiva elevação, com taxa de 4,31% ante 2,46%.

Em vestuário, o IPC-S passou de 0,89% para 1, 01%, sob o impacto da entrada da nova coleção outono/inverno nas lojas, com artigos mais caros. O grupo educação, leitura e recreação ficou em 0,29% ante 0,25% refletindo as correções de preços de despesas com hotéis (de 1,09% para 1,21%).

Em saúde e cuidados pessoais, houve aumento de 0,64% para 0,68%, puxado pelos medicamentos (de 0,33% para 0,42%) e, em transportes, a taxa passou de 1,18% para 1,23%, com destaque para a gasolina (de 0,95% para 1,58%).

Nos dois grupos restantes, caiu o ritmo de correções. Em habitação, o índice teve variação de 0,41%, abaixo da taxa da medição passada (0,47%). O destaque foi a redução do ritmo de alta do aluguel (de 0,75% para 0,58%). No grupo despesas diversas, ocorreu desaceleração, com a taxa passando de 0,40% para 0,07%. Esse resultado é atribuído aos preços dos cigarros, que saíram de uma alta de 0,69% para a estabilidade.

Os cinco itens de maior impacto inflacionário no período foram a batata-inglesa (de 16,37% para 19,49%); o tomate (de 17,60% para 15,30%); a gasolina (de 0,95% para 1,58%); álcool combustível (de 7,51% para 9,32%) e a cebola ( de 15,55% para 25,33%).