O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai definir até o fim da semana as mudanças no comando da Caixa Econômica Federal, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. Ao sair da reunião com empresários do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), o executivo disse ter conversado em particular com o ministro, mas não ficou claro se as alterações atingirão a presidente da instituição, Maria Fernanda Coelho. Para ele, entretanto, a dança das cadeiras deve se restringir aos vice-presidentes.
Os principais ameaçados são os responsáveis pelas áreas de finanças, Márcio Percival, apontado como o responsável pela Caixa ter se envolvido no Banco Panamericano, e de pessoas jurídicas, Carlos Antônio de Brito, que ocupa um cargo ambicionado pelo ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima. Segundo Simão, o impasse político na instituição é responsável pela paralisação das contratações do programa Minha Casa, Minha Vida na faixa para famílias de até três salários mínimos ; modalidade que depende de subsídios orçamentários do governo. ;A Caixa está completamente parada por motivos políticos, não técnicos. Desde o início do ano, não foi feita nenhuma contratação de zero a três salários;, afirmou.
Para Simão, a interrupção dos financiamentos não tem a ver com cortes no orçamento 2011. ;Os restos a pagar são superiores ao valor que estava previsto. A questão é mesmo essa indefinição no comando;, afirmou. O executivo espera que as contratações sejam retomadas ainda no primeiro semestre.