O Banco Central (BC) promoveu ajustes técnicos nas regras de recolhimento do compulsório bancário sobre recursos a prazo, segundo informação divulgada há pouco. O banco ressaltou, porém, que não haverá impacto sobre a liquidez do sistema financeiro.
O ajuste consiste na mudança de valores das deduções a serem recolhidas ao BC, de acordo com o Patrimônio de Referência (PR) da instituição. Quanto menor o PR, mais alta a dedução do compulsório em quatro níveis de operação que vão vigorar a partir do dia 1; de julho.
De acordo com tabela do BC, que beneficia as menores instituições, bancos com PR até R$ 2 bilhões podem deduzir R$ 3 bilhões do compulsório a ser recolhido; com PR entre R$ 2 bilhões e R$ 5 bilhões pode deduzir R$ 2 bilhões; para PR de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões a dedução será de R$ 1 bilhão; e PR acima de R$ 7 bilhões não tem dedução.
A medida afeta também o recolhimento sobre posição vendida de câmbio dos bancos, que é quando as instituições financeiras tentam vender os dólares em caixa, que hoje somam cerca de US$ 7 bilhões, conforme informou o presidente do BC, Alexandre Tombini, em audiência pública ontem (22) no Senado. A decisão começa a vigorar dia 4 de abril, de acordo com a nota, e tem o objetivo de ;simplificar e uniformizar os parâmetros de cálculo da base de incidência dos compulsórios;.