Em um dia de extrema instabilidade no pregão, o dólar comercial fechou o dia em alta de 0,72%, cotado a R$ 1,686 -- a maior cotação desde 11 de janeiro. A ansiedade do mercado financeiro à espera de um pacote cambial no Brasil, somado ao estresse do cenário internacional, tem deixado os analistas com os nervos à flor da pele. A tensão chegou a um nível tão elevado que um mal entendido gerou uma corrida irracional em busca da moeda norte-americana e influenciou a cotação da divisa levando-a à terceira alta consecutiva nesta semana.
Durante a maior parte do pregão, o dólar operou em baixa ou perto da estabilidade, ganhando mais força próximo do fechamento. Por volta das 14h30, uma informação em um monitor de notícias tirou o sossego dos operadores de câmbio. "Alguém leu uma informação errada. Entendeu que o governo tinha anunciado imposto sobre a entrada de dólares no país. Foi uma correria para comprar dólar", contou Márcio Cardoso, diretor da Título Corretora.
A situação se agravou ainda mais depois que o mesmo monitor informou que o Banco Central estava realizando um swap cambial reverso, o que, na realidade, não ocorreu Até que se confirmasse junto a autoridade monetária a inexistência do leilão, os operadores já haviam realizado muitas compras. Além do engano com o BC, a tributação cambial também era falsa. A notícia, lida de maneira errônea, falava sobre impostos para bebida