WASHINGTON - Os Estados Unidos criaram 192 mil empregos em fevereiro, três vezes a mais que em janeiro, e mais que o previsto, segundo cifras oficiais publicadas nesta sexta-feira e que mostram uma nova queda da taxa de desemprego a 8,9%.
O Departamento do Trabalho revisou, além disso, em alta os dados de janeiro, 75%, a 63.000 empregos.
A cifra de fevereiro supera levemente as previsões dos analistas, que esperavam 185.000 contratações líquidas, segundo a estimativa média.
O relatório do departamento do Trabalho indica que a taxa de desemprego continuou baixando em fevereiro, situando-se nos 8,9%, quando os analistas previam um leve aumento, a 9,1%.
A taxa de desemprego havia caído a 9% em janeiro, pela primeira vez desde abril de 2009, graças a uma queda de 0,8 ponto em dois meses, algo que não acontecia desde 1958.
Com a perda de 30.000 postos no setor público, este registra seu quarto mês consecutivo em baixa, enquanto que o privado criou 222.000 empregos líquidos em fevereiro. Trata-se de sua maior contribuição ao mercado de trabalho desde abril de 2010.
As cifras do departamento do Trabalho dão conta, no entanto, de uma estabilidade da população ativa em fevereiro em relação a janeiro, sinal de que vários milhões de pessoas que queriam trabalhar, não buscam emprego, com frequência porque estimam que a conjuntura não é propícia.
A criação líquida do emprego no setor secundário (70.000 postos) duplicou em relação a janeiro. No setor terciário, que ocupa cerca de 85% da mão de obra empregada, o saldo líquido de contratações (122.000) multiplicou por mais de quatro. De qualquer maneira, permanece abaixo de seu nível de dezembro (148.000).
O departamento recordou que a recuperação do emprego nos Estados Unidos iniciada em fevereiro de 2010 ainda está longe de se consolidar. O país recuperou apenas 1,3 milhão dos 8,7 milhões de empregos perdidos durante a crise.
No que diz respeito às remunerações, o informe mostra que o salário semanal médio se manteve quase estável em fevereiro, em relação a janeiro, apesar de uma alta de 0,2% da média de horas trabalhadas.