Uma pesquisa inédita comandada pela empresa ToolBoxTM, consultoria especializada em PDV (ponto de venda), revela o perfil de negócio das bancas de jornal no país. O levantamento, realizado em quatro amostragens (julho e novembro de 2009 e março e julho de 2010), nas principais capitais das cinco regiões, revela que grande parte dos estabelecimentos, principalmente os maiores, está se tornando também um canal de conveniência.
Foram pesquisados 3.352 estabelecimentos de um total de 16 mil bancas atendidas pela principal distribuidora do país, a Dinap. O estudo mostra que 68% das bancas visitadas comercializam gomas e confeitos e 52%, bebidas refrigeradas. Já o serviço de fotocópia está presente em 12% delas (dados de julho de 2010).
;As bancas maiores têm capacidade para colocar refrigeradores, máquinas de fotocópia e até geladeiras de sorvete. Isso agrega muito valor ao ponto de venda;, diz Luiz Sedeh, diretor de desenvolvimento da ToolBoxTM.
Entre os produtos considerados pela pesquisa estão publicações e artigos comercializados (revista/ jornal, cartão telefônico, livro, cigarro, goma e confeito, bebida refrigerada, chocolate e sorvete), a disponibilidade de serviço de fotocópia, o número de funcionários (pessoas que trabalham na banca, além do dono), o tempo de existência, a aceitação de cartão de crédito ou débito e o faturamento diário.
;O que nós percebemos com essa pesquisa é que as bancas de jornal têm demanda para se tornar um canal de conveniência com inúmeras oportunidades de negócios. O gargalo está na mentalidade do empreendedor em inovar. Ele precisa deixar de ser apenas um jornaleiro para ser um varejista;, diz Sedeh.
Tradicionais nas ruas das cidades, 36% das bancas de jornal compreendidas na pesquisa possuem até dez anos de existência e 22%, até 20 anos. Quanto ao número de colaboradores, 49% contam com até um funcionário, 34% com até dois funcionários e 15% possuem mais de dois funcionários; os outros 2% pesquisados não responderam (dados de julho de 2010).
Em relação ao faturamento (dados de julho de 2010), 45% não quiseram responder. Dos 55% restantes, 40% faturam até R$ 900, o que dá um faturamento anual de cerca de R$ 300 mil.