Jornal Correio Braziliense

Economia

Economia gerada pelo horário de verão iluminaria duas Brasílias

Termina hoje o horário de verão. Após quatro meses, os brasileiros das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão atrasar o relógio em uma hora a partir da meia-noite. A adoção do horário especial resultou em uma redução de 4,4% do consumo total, ou seja, de 2.376 megawatts (MW). Isso equivale a uma economia de R$ 30 milhões nos gastos com o uso das usinas térmicas que complementam o abastecimento da rede nacional. No horário de pico, das 18h às 21h, houve uma diminuição da demanda em 1.821MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e de 555MW no do Sul do país.

O consumo menor nesses quatro meses nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste equivale a aproximadamente 60% da carga no horário de pico da cidade do Rio de Janeiro ou a duas vezes a demanda de Brasília, no mesmo período. Na Região Sul, a economia representa 60% da carga no horário de ponta de Curitiba. ;As principais consequências da redução da demanda no horário de ponta são o aumento da segurança e a diminuição dos custos de operação do Sistema Interligado Nacional;, resumiu o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.

Apagão
O resultado do horário de verão ficou próximo à estimativa do Ministério de Minas e Energia, que esperava uma redução de 2 mil MW nos horários de pico. Cálculos do ministério mostram que, nos últimos 10 anos, antecipar uma hora no dia permitiu uma redução média de 5% na demanda por energia entre 18h e 21h. Mas, apesar da economia, o país ainda espera explicações sobre o apagão que deixou mais de 45 milhões de pessoas sem luz no Nordeste em 4 de fevereiro. Responsável pelo Relatório de Avaliação de Pertubação (RAP) sobre o blecaute, o ONS espera concluir o documento até a próxima quinta-feira, quando será realizada reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para avaliar o incidente.


Bolsa não muda
Mesmo com o fim do horário de verão a partir de amanhã, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) decidiu manter, a partir de segunda-feira, inalterados os horários atuais, das 11h às 18h, para negociação de ativos. A exceção ficará para os contratos derivativos referenciados em café arábica e soja financeira, cujo encerramento será às 15h35 e ás 16h, respectivamente.