Os Correios vão fazer este ano uma licitação para contratar a instituição financeira que vai operar o Banco Postal a partir do ano que vem. Desde 2001, o Bradesco é o correspondente bancário exclusivo da empresa estatal no Banco Postal, mas o contrato termina no fim deste ano. O Banco Postal oferece serviços bancários básicos nas agências dos Correios à população de mais baixa renda e em comunidades não atendidas pela rede bancária convencional.
O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, destaca que o principal objetivo do Banco Postal é chegar ao maior número possível de cidades brasileiras, levando os serviços bancários à toda a população do país. "Nós temos hoje com conta no Banco Postal pessoas de renda familiar das classes C, D e E, que antes não tinham acesso à rede bancária tradicional. A grande maioria dos correntistas do Banco Postal é a população que era desassistida do sistema financeiro brasileiro", disse Pinheiro, hoje (17), em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Para participar da licitação, o banco interessado deve ter ativo total igual ou superior a R$ 21,6 bilhões e patrimônio líquido de, pelo menos, R$ 2,2 bilhões. O leilão ocorrerá até a metade do ano, para que o vencedor inicie as operações em janeiro do ano que vem. O atual correspondente bancário, o Bradesco, poderá participar da licitação.
No dia 25, os Correios farão uma audiência pública em Brasília para receber sugestões para o edital, que definirá as regras de contratação da instituição financeira. Segundo os Correios, o Banco Postal já tem mais de 10 milhões de contas abertas e está presente em 5.266 municípios (6.192 agências). Uma capilaridade que permite a inclusão bancária em 95% do território brasileiro.