Levantamento da Consultoria Teleco aponta que o Brasil está muito abaixo dos padrões internacionais no quesito número de pontos de acesso gratuito à internet sem fio, chamados hot spots Wi-Fi. Enquanto aqui os internautas contam com 4.035 locais para se conectarem livremente à rede, em países como a Coreia do Sul, por exemplo, cuja população equivale a cerca de um quarto da brasileira, os pontos Wi-Fi chegam a 42.143 ; mais de 10 vezes o total registrado em solo nacional. Para piorar, os hot spots brasileiros estão concentrados em uma única região. Só em São Paulo estão 2.490 portas de acesso, ou 61,7% da cobertura do país e cinco vezes mais que o segundo colocado, Rio de Janeiro, onde há 456 portas. No Distrito Federal são 151 pontos de conexão.
O Brasil perde também para outros países enquadrados na categoria dos emergentes, como a Rússia, que tem 14.674 locais de acesso à rede Wi-Fi. Os líderes mundiais em número de hot spots são a China, os Estados Unidos e o Reino Unido, com 102.260, 93.857 e 62.937 pontos, respectivamente. No que depender da velocidade com que novos pontos de conexão serão implantados, a tendência é a de o Brasil ficar cada vez mais defasado na comparação internacional.
Massificação
O baixo índice de cobertura da internet no Brasil é um problema reconhecido pelo governo. Em uma ação para combater essa situação, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou que pretende publicar, nesta semana, o decreto que cria a Secretaria de Inclusão Digital. O novo órgão ficará responsável pela implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), uma das prioridades da presidente Dilma Rousseff. O objetivo é atender, até 2014, 68% dos domicílios do país com conexões com preço de até R$ 30.
Bernardo falou ainda sobre o andamento do projeto que estabelecerá um marco regulatório das comunicações no Brasil. ;Conversei com a presidente Dilma e ela disse que precisamos revisar o trabalho já feito. Depois, queremos, dentro do governo, refazer o debate. A minha sugestão é a de que, na hora que o governo fechar o projeto, nós devemos colocá-lo em consulta pública antes de enviar para o Congresso, para que toda a sociedade possa dar sugestões;, declarou.
Vez do consumidor
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) foi eleito ontem para ocupar uma das quatro vagas de representação do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), com mandato para os próximos três anos. O instituto anunciou que terá como prioridades no CGI, a defesa pela liberdade, pela privacidade e pela segurança na rede, além da universalização do serviço de banda larga. No entender do Idec, a utilização desses serviços é totalmente permeada por relações de consumo, desde a conexão até o comércio eletrônico e compartilhamento de conteúdos.
Apple vale US$ 325 bilhões
O preço das ações Apple na bolsa de Nova York bateu ontem a marca de US$ 350 pela primeira vez na história, motivado pelo bom desempenho das vendas do iPhone 4. Os papéis subiram 1,82%, para US$ 352,79 cada. Com isso, a Apple passou a ser a segunda companhia mais cara do mundo entre as que têm ações listadas no mercado acionário, avaliada em US$ 325 bilhões, atrás somente da gigante ExxonMobil, cotada a US$ 420 bilhões e acima da PetroChina (US$ 302,4 bilhões). A marca da maçã enfrenta, entretanto, rumores de que pode não sobreviver se não for encontrado um substituto à altura para o seu presidente e fundador, Steve Jobs, em licença médica por tempo indeterminado. A pressão é tamanha que o Serviço Internacional de Acionistas (ISS, na sigla em inglês), uma das maiores consultorias em investimento do mundo, foi requisitada por detentores de ações da Apple para formular os planos de sucessão para Jobs. A ISS defendeu que os acionistas sejam beneficiados ao ter um documento com a divulgação anual dos planos de sucessão. No entender da ISS, tal documento permitirá julgar a prontidão e a vontade do conselho para atender às demandas de um planejamento de sucessão baseado nas circunstâncias do momento. (GHB)
Sony lança o Xperia
Após semanas de rumores, a Sony Ericsson finalmente confirmou a existência do PlayStation Phone, que, na verdade, vai se chamar Xperia Play. O aparelho foi apresentado ao público no último domingo, em um comercial de TV durante o intervalo do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano. O produto é uma mistura de smartphone com o Playstation Portable (PSP, videogame portátil). O sistema operacional do telefone será o Android, do Google. A apresentação mostrou apenas algumas características do celular, mas foi suficiente para o surgimento de novos rumores de que o aparelho tem tela sensível ao toque de quatro polegadas e câmera de oito megapixels.
Em sua página no Facebook, a Sony Ericsson anunciou que o produto será lançado oficialmente no próximo domingo, em Barcelona (Espanha), durante a Mobile World Congress, o evento mais importante do setor de telefonia móvel no mundo. O lançamento será uma tentativa de competir com o iPhone, da Apple, já que estúdios consagrados, como a Electronic Arts, estão criando games para o smartphone, o que aumenta a concorrência para videogames portáteis como o PSP, da Sony, ou o DS, da Nintendo.
O comercial trazia o título ;O Novo Sony Xperia Play. O Android está pronto para jogar; e exibe um boneco do Android ganhando dedos para poder jogar usando o novo aparelho da Sony Ericsson. O desenho do aparelho se assemelha às últimas imagens e vídeos que vazaram e rodaram pela web no fim de 2010. De início, os jogos oferecidos serão do PlayStation original, não do PSP. Conforme novos títulos forem feitos com as ferramentas fornecidas pela Sony, a biblioteca aumentará. Os jogos rodarão apenas no Android 2.3, o chamado Gingerbread, a versão mais recente do sistema, e serão vendidos por meio de uma loja virtual chamada PlayStationStore, ainda sem previsão para ser lançada. (GHB)