Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil não é responsável por pressão mundial sobre preços de alimentos

A pressão internacional sobre o preço dos alimentos é resultado de vários fatores sobre os quais o Brasil não tem culpa, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Nesta segunda-feira, ele participou de reunião do Conselho Superior de Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com Rossi, o país não levou a especulação financeira para o mercado de commodities agrícolas nem aumentou os preços dos alimentos. %u201CO produtor brasileiro foi penalizado durante anos%u201D, afirmou Rossi. %u201CSó que somos eficientes e produzimos com custo baixo, colocando o produto no mercado a um preço justo. E isso cria problemas para aquelas agriculturas que são altamente subsidiadas nos países ricos. O feijão e o arroz, que são a base da alimentação do brasileiro, estão abaixo do preço mínimo. Estamos tendo que apoiar o produtor para que ele receba o preço mínimo, que não cobre todos os custos." O ministro disse que a oferta de alimentos está baixa em relação à demanda porque houve melhoria de renda e de qualidade de vida nos países asiáticos e latino-americanos. %u201CIsso é bom, o povo quer comer melhor. Com isso, o Brasil que é o grande fornecedor mundial de proteínas, pode ter uma recompensa pelo seu esforço produtivo. Eão estamos gerando nenhuma pressão%u201D. Rossi afirmou ainda que durante décadas, enquanto os preços estavam achatados, nunca houve nenhum presidente de países ricos que propusesse a garantia de preços para os produtores dos países em desenvolvimento. %u201CAgora que os países emergentes, entre os quais o Brasil, têm esse protagonismo produtivo, eles querem limitar os ganhos modestos do produtor brasileiro. Quem está ganhando com isso é o especulador no mercado de commodities agrícolas.%u201D