Jornal Correio Braziliense

Economia

Desemprego diminui em São Paulo e atinge a menor taxa desde 1991

São Paulo - A taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo passou de 10,7%, em novembro, para 10,1%, em dezembro. Essa foi a menor taxa para um mês de dezembro desde 1991, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O total de desempregados estimado em 1,088 milhão de pessoas teve uma redução de 62 mil em comparação a novembro. Foram criadas 91 mil vagas.

O nível de ocupação cresceu 0,9% e o maior número de vagas surgiu no setor de serviços (38 mil), 0,8% mais do que no mês anterior e 6,6% acima de igual mês de 2009. No ano, este segmento aumentou em 315 mil as novas ocupações. No entanto, a indústria foi a área de ocupação com a maior taxa de crescimento: 2,1% sobre novembro com 36 mil novos empregos. Na comparação com dezembro de 2009, houve um crescimento de 5,3%. No ano, os postos aumentaram em 89 mil.

Ao longo dos 12 meses de 2010, a taxa média de desemprego caiu de 13,8% para 11,9%, o que permitiu retomar a queda iniciada em 2004 e interrompida em 2009, por causa dos efeitos provocados pela crise financeira internacional de 2008. Foi a menor taxa desde 1992.

A taxa de ocupação aumentou 4,1% com a criação de 370 mil novas vagas, a maioria em serviços com 182 mil (3,9% superior a 2009), seguida pela indústria com 114 mil, uma alta de 7%; comércio com 58 mil (4,1%) e outros segmentos, cujo resultado foi uma evolução positiva de 1,2% e geração de 16 mil postos.

De acordo com a pesquisa, além de mais contratações melhoraram as condições de absorção do mercado com um crescimento de 7,5% nas admissões com carteira assinada, o que significa que, em 2010, havia 331 mil pessoas a mais do que no ano anterior protegidas com as garantias oferecidas pela legislação trabalhista.

O rendimento aumentou em todas as categorias analisadas. Os assalariados passaram a ganhar, em média, 2,7% mais do que em 2009. Apesar das melhorias, Alexandre Loloian, coordenador da pesquisa pela Fundação Seade, destacou que ;a qualidade do emprego na região mais desenvolvida do país ainda deixa muito a desejar porque quase 1 milhão de trabalhadores ainda ganha cerca de metade do salário mínimo em vigor no país;.