Apesar dos constantes atrasos de voos nos aeroportos brasileiros ; seja em função da falta de uma infraestrutura aeroportuária decente ou mesmo pelas constantes falhas das empresas aéreas nas escalas das tripulações ;, as tarifas aeroportuárias vão ficar mais caras. Os novos valores da taxa de embarque doméstico ; hoje de R$ 8,01 a R$ 19,62 ; e internacional ; de R$ 20,08 a R$ 60 ,25;ainda não estão definidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A entidade deverá anunciar, em breve, uma tabela na qual cria os critérios para o reajuste tarifário, que ocorrerá no primeiro semestre.
Segundo a autarquia, o aumento terá como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2010, menos um fator de produtividade que será calculado pela agência para cada aeroporto do país. Os reajustes passarão a ser anuais e as revisões das metas de eficiência ocorrerão a cada cinco anos, a partir de 2013.
Acréscimo
A nova tarifa contará ainda com uma particularidade: ela terá preços de acordo com os horários de pico. Assim como as passagens de avião são mais baratas quando a procura é menor e mais caras quando ela é maior, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) terá a autorização da Anac para praticar acréscimos de até 20% nos horários de pico sobre essa nova tarifa. Ela também poderá aplicar descontos superiores a esse percentual nos horários de menor movimento.
Antes, informou a Anac, não havia um critério para os aumentos tarifários. Esse foi o motivo pelo qual a agência resolveu criar uma metodologia e deverá publicar em breve uma resolução com a tabela de preços reajustados para as taxas de embarque, de pouso e de permanência cobradas das companhias aéreas e dos passageiros. As tarifas de embarque cobradas pela Infraero não eram reajustadas desde 2005.