Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo sobe com fechamento de oleoduto no Alasca

Nova York - Os preços do petróleo voltaram a subir nesta terça-feira em Nova York, com o fechamento, pelo quarto dia consecutivo, do oleoduto Trans Alaska, por onde transita 10% da produção americana. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate ("light sweet crude") para entrega em fevereiro fechou em 91,11 dólares, em alta de 1,86 dólar em relação a segunda-feira.

Em Londres, o barril do Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento alcançou durante a sessão 97,82 dólares, seu nível mais alto desde 1 de outubro de 2008. Terminou a sessão em 97,61, em alta de 1,91 dólar."A incerteza segue dominando pelo vazamento no oleoduto do Alasca", explicou Matt Smith, da Summit Energy. "Não sabemos quando a situação se resolverá. Não houve anúncio oficial, apenas rumores e especulações sobre o fato de que (o fechamento) poderia durar mais que o normal".

"A oferta é abundante dos Estados Unidos, e por isso não é um problema, a não ser que a situação dure um mês", acrescentou. "Enquanto a situação não for mais clara, os preços levam em conta este fator", acrescentou. O oleoduto Trans Alaska está fechado desde que, no sábado de manhã, foi encontrado um vazamento em uma estação de bombeamento.

O oleoduto de 1.200 km, que conecta a região petrolífera de North Slope, nos confins do Ártico, com a costa sul do Alasca, transporta entre 630.000 e 650.000 barris diários. Esta quantidade representa mais de 10% da produção americana, e é uma importante fonte de abastecimento para a costa oeste. Alyeska, a empresa que opera o oleoduto e da qual a BP é o maior acionista, indicou na segunda-feira à noite à AFP que o vazamento havia sido praticamente contido, mas negou-se a informar quando reestabelecerá o serviço.