A dívida líquida do setor público encerrou o mês de novembro em R$ 1,450 trilhão, valor equivalente a 40,1% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de tudo que o país produziu no ano. A dívida aumentou R$ 14,421 bilhões de um mês para outro. Quando comparado com o PIB, ficou praticamente estável. Em dezembro do ano passado, a dívida líquida correspondia a 42,8% do PIB.
Os números constam do Relatório de Política Fiscal, divulgado nesta quarta-feira (29/12) pelo Banco Central. Ao apresentar os dados, o economista Túlio Maciel, do Departamento Econômico do BC, lembrou que a relação entre a dívida e o PIB era de 40% no mês anterior, e deve chegar ao fim de 2010 a algo em torno de 40,3%, por causa do leve aumento das despesas com juros e da valorização cambial de 1,4% no ano. Mas a relação deve cair para 37,8% no final de 2011, segundo Maciel.
O Relatório de Política Fiscal também mostra que a dívida mobiliária federal, fora do BC, totalizou R$ 1,574 trilhão (43,5% do PIB) em novembro ; R$ 21,1 bilhões a mais do que a dívida líquida do setor público. Esse valor corresponde a aplicações intra e intergovernamentais em títulos públicos federais e em títulos sob custódia do Fundo de Garantia à Exportação (FGE).
No final de novembro, a estrutura de vencimentos dos títulos públicos federais em poder do mercado era a seguinte: R$ 14,4 bilhões (0,9% do total) para pagamento ainda este ano, R$ 336,6 bilhões (21,4%) para pagamento em 2011 e os 77,7% restantes (R$ 1,224 trilhão) a partir de janeiro de 2012.