São Paulo - Depois de demonstrar pouco otimismo, em novembro, os empresários da indústria recuperaram o ânimo, em dezembro, mostra a pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) atingiu a melhor marca do segundo semestre, passando de 112,7 pontos para 114,5 pontos, com alta de 1,6%.
Esse resultado indica a percepção sobre o desempenho atual do setor e as expectativas sobre o desenvolvimento econômico do país no curto prazo, em consultas feitas com 1.196 empresas, que têm faturamento de R$ 625,9 bilhões.
A evolução favorável dos negócios foi o que ajudou a resgatar o otimismo dos empresários. O Índice da Situação Atual (ISA), um dos componentes do ICI, atingiu 116,2 pontos ante 114,7, em novembro, com um avanço de 1,3%, o que interrompeu a sequência de sete quedas registrada desde abril deste ano, período em que a indústria apresentou o maior grau de satisfação do ano (120 pontos).
De acordo com a nota da FGV, essa mudança foi influenciada pela redução na parcela de entrevistados que classificaram como fraca a situação dos negócios, de 13,0% para 4,7%.
O Índice de Expectativas teve elevação de 1,9% e chegou a 112,8 pontos ante 110,7. Do total de consultados, 31% manifestaram intenção de ampliar o número de empregados até fevereiro de 2011. Essa parcela é maior do que a registrada em novembro (28,6%).
O levantamento mostra ainda que caiu a parcela de empresários que planejam efetuar cortes de pessoal. Em novembro, 7,8% dos entrevistados disseram que iriam eliminar vagas, percentual que passou para 5,7% em dezembro.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria também apresentou crescimento, de 84,5% para 84,9%. A maior marca foi registrada em junho deste ano (85,5%).