Jornal Correio Braziliense

Economia

Aeroporto de Brasília registra maior quantidade de atrasos no fim da manhã

O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitchek registra, no fim da manhã desta quarta-feira (22/12), a maior quantidade de atrasos do país. Considerados os descumprimentos de horários até 12h, a capital federal fica atrás, apenas, do maior aeroporto brasileiro, Guarulhos, em São Paulo, onde 46,7% dos 90 aviões - 42 deles - saíram após a hora prevista.

O boletim da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que mostra a situação dos voos no Brasil inteiro, divulgado às 12h, aponta descumprimento de horário em 12,6% das viagens - o que corresponde a 11 voos -, entre 11h e 12h. Só nesta manhã, 39,1% dos 87 aviões programados - 34 viagens - saíram após o horário previsto, porcentagem maior que a média nacional de 27,8%. Além disso, dois voos foram cancelados.

A fila da TAM linha aéreas passava dos limites do aeroporto, quase chegando ao estacionamento, por volta de 11h40. Muitas pessoas levaram até duas horas para conseguir fazer o check in (apresentação no balcão). Os clientes da empresa fazem fila no Juizado Especial que, até 11h, já havia recebido 20 reclamações, quase todas contra a TAM, por overbooking - venda de passagens além da quantidade de assentos do avião. As pessoas fazem reclamações aos funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que tentam controlar a situação e acalmar os passageiros. Segundo dados da Infraero, a empresa tem a maior porcentagem de voos atrasados esta manhã, com 45,1% dos aviões foram do horário até 12h.

Espera
Desde o início do mês, o índice de atrasos oscila entre 20% e 30% em todo o país. Hoje, dos 1135 voos previstos para decolar dos aeroportos brasileiros, 315 saíram mais de 30 minutos após o horário. Entre 11h e 12h, 78 (6,9%) estavam atrasados. Além disso, 42 (3,7%) foram cancelados.

Sem acordo
Os 84 mil aeronautas e aeroviários do país prometem cruzar os braços a partir de amanhã - dia em que se espera o recorde de movimento nos aeroportos por conta do Natal. Sem acordo quanto aos reajustes salariais, após mais de três horas de negociações ontem, quando as empresas propuseram aumento de 6,5%, a categoria promete radicalizar. Hoje haverá outra tentativa de amenizar a situação, desta vez, mediada pelo Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.