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Economia

Petróleo fecha em leve alta em Londres e Nova York, em mercado sem força

Nova York (EUA) - Os preços do petróleo terminaram em leve alta nesta sexta-feira (17/12) em Londres e Nova York, apesar do fortalecimento da moeda americana, em um mercado que não consegue ganhar força.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro terminou em US$ 88,02, em alta de 32 centavos em relação à quinta-feira.

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento ganhou 7 centavos, a US$ 91,67.

"Geralmente, nesta época do ano, o mercado começa a recuar no início do período de demanda fraca, mas tivemos uma redução importante da oferta de petróleo (segundo números do departamento de Energia americano publicados na quarta-feira) e isso permitiu que o mercado permanecesse na margem entre US$ 87 e US$ 90", observou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock.

O mercado nova-iorquino chegou a abrir em baixa, para depois oscilar rapidamente em torno do equilíbrio.

"Perdeu grande parte de seu impulso nas duas últimas semanas", constatou Phil Flynn, da PFG Best.

Ante a incapacidade de instalar-se acima da barreira dos US$ 90, o preço do barril de WTI se desacelerou. Na semana, registra um avanço de apenas 23 centavos.

As previsões de temperaturas mais frias que a média ajudam a sustentar o mercado.

No nordeste dos Estados Unidos, as previsões para janeiro sugerem que as temperaturas serão mais frias que há um ano e abaixo da média dos 10 últimos anos, enquanto o frio persiste na Europa, ressaltaram analistas da JPMorgan.

A Grã-Bretanha, por exemplo, pode registrar um recorde de frio para um mês de dezembro, com uma temperatura média de -0,7 grau na primeira quinzena, 4,9 graus abaixo do normal.

A alta desta sexta-feira ocorreu apesar do fortalecimento do dólar durante a sessão, que geralmente pesa sobre as operações efetuadas na moeda americana.

Mas os preços do petróleo avançaram, assim como de outras matérias-primas como o ouro e os cereais ou o algodão, commoditis que "parecem ter tendência própria", disse Rich Ilczyszyn.