Jornal Correio Braziliense

Economia

Maioria da população está otimista e vai às compras, aponta pesquisa da CNI

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) constatou que 55% da população continuam otimistas com relação ao crescimento da economia e mantêm a expectativa de compra de bens duráveis este mês.

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ouviu 2.002 pessoas, na semana passada, e observou que apesar de o Inec ter caído 1,7% na comparação com o indicador de dezembro de 2009, a expectativa de compra permanece estável pelo terceiro mês seguido.

A confiança do brasileiro está 6,5% acima da média histórica do Inec, que é de 109,9 pontos, de acordo com os números divulgados nesta quarta-feira (15/12) pela CNI. Mas o consumidor começa a dar sinais de preocupação, por causa da alta da inflação nos últimos três meses.

Segundo a CNI, as expectativas de evolução da inflação nos próximos seis meses recuaram 7,1% este mês, em relação a novembro, e a queda acumula 15% nos dois meses. A pesquisa verificou que 58% dos entrevistados acreditam que a inflação continuará aumentando, e 14% disseram que os preços vão subir muito para o Natal e o Ano Novo.

Em relação ao emprego as expectativas continuam favoráveis, uma vez que a perspectiva de evolução do desemprego nos próximos 180 dias caiu 8,2% comparado ao mês anterior. Dos entrevistados, 31% acreditam que a oferta de empregos permanecerá estável no médio prazo, enquanto 26% apostam que o desemprego continuará caindo.

O Inec constatou também que o otimismo em relação ao aumento da renda pessoal aumentou 3,6% na comparação com novembro. Só 6% dos entrevistados opinaram que a renda vai cair, enquanto 42% apostam na estabilidade, 44% disseram que a renda pessoal vai aumentar e 8% confiam em que ;vai aumentar muito;.

O nível de endividamento manteve-se constante na comparação mensal, mas subiu 2,2% em relação a dezembro do ano passado. Entre os entrevistados, 41% afirmaram que mantêm o mesmo nível de endividamento dos últimos três meses, enquanto 19% confirmaram estar mais endividados.