Jornal Correio Braziliense

Economia

Pequena alta em Wall Street; Dow Jones atinge nível mais alto em dois anos

Nova York (EUA) - A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta terça-feira (14/12), apesar de certa debilidade no fim da sessão, após o Federal Reserve (Fed) anunciar que manterá a taxa básica de juros perto de zero.

O Dow Jones ganhou 0,42% e alcançou nível mais alto em mais de dois anos, enquanto o Nasdaq subiu 0,11%.

O Dow Jones Industrial Average somou 47,98 pontos, a 11.476,54 unidades, enquanto o Nasdaq, de forte componente tecnológico, aumentou 2,81 pontos, a 2.627,72.

O índice ampliado Standard & Poor;s 500 ganhou 0,09% (1,13 pontos), indo para 1.241,59 unidades.

Assim como na véspera, o mercado perdeu impulso no fim da sessão.

A esperada reunião do Fed não trouxe surpresas e o mercado perdeu progressivamente o impulso depois do Federal Reserve anunciar que manterá a taxa básica de juros perto de zero.

"O Fed equilibrou os comentários positivos com os negativos para justificar sua posição complacente" em relação à política monetária destinada a sustentar a recuperação econômica, disse Marc Pado, da Cantor Fitzgerald.

No início do dia, o mercado era sustentado por indicadores alentadores.

As vendas no varejo progrediram pelo quinto mês consecutivo em novembro nos Estados Unidos, muito mais que o previsto, e a alta dos estoques das empresas manufatureiras e dos comerciantes americanos ficou mais lenta em outubro.

No mercado de obrigações, o rendimento do bônus do Tesouro a dez anos avançou para 3,455%, contra 3,283% de segunda-feira, e o do bônus a 30 anos para 4,556%, contra 4,401% na véspera.

Esse movimento é contrário aos objetivos do Fed, o que pode provocar a inquietação dos investidores, mas também pode ser interpretado como um sinal de que a liquidez é transferida em direção ao mercado da bolsa em um contexto de melhora na economia, disse Pado.

Com o fim do ano que se aproxima, "há muitas previsões para o próximo ano e alguns revisam para a alta suas expectativas para 2011", o que sustenta o mercado, observou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank.