Jornal Correio Braziliense

Economia

Índice que reajusta contratos de aluguel sobe 0,83%

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como referência para correção no valor de contratos de aluguel, subiu 0,83% na primeira prévia de dezembro. A alta foi mais intensa do que a observada no mesmo período do mês anterior, de 0,79%. A taxa, divulgada nesta segunda-feira (14/12) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), indica a variação média de preços apurada no período de 21 a 30 de novembro. O IGP-M acumula alta de 11,48% desde janeiro e nos últimos 12 meses.

Entre os subíndices que compõem o IGP-M, foram registrados acréscimos nas taxas do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que passou de 0,39% para 0,69%, e do Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), responsável por 10% do índice global, que subiu de 0,22% para 0,28%.

Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M, teve elevação menos intensa nesta apuração e passou de 0,97% para 1,02%. A desaceleração foi puxada pelos alimentos processados, cujos preços continuaram subindo, porém num ritmo menos forte (de 4,67% para 3,25%); além da soja (de 7,08% para 1,96%), dos bovinos (de 6,01% para 0,90%) e da laranja (de 5,88% para -2,66%). Por outro lado, houve avanço em materiais e componentes para a manufatura (de 0,42% para 1,44%), minério de ferro (de -7,23% para -4,91%), aves (de -0,77% para 4,73%) e algodão (de 3,86% para 10,20%).

A alta no IPC foi influenciada pelos acréscimos observados em seis das sete classes de despesa que o compõem: saúde e cuidados pessoais (de 0,01% para 0,43%), com destaque para artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,73% para 0,50%); educação, leitura e recreação (de -0,06% para 0,32%), principalmente passagem aérea (de -5,47% para 10,48%); vestuário (de 0,86% para 1,19%), com a contribuição de calçados (de 0,02% para 1,16%); habitação (de 0,12% para 0,33%), influenciado por condomínio residencial (de 0,10% para 1,09%); e despesas diversas (de 0,16% para 0,27%), puxado por alimento para animais domésticos (de 0,21% para 2,57%).

Em sentido oposto, os transportes tiveram decréscimo (de 0,58% para 0,31%), já que os preços da gasolina (de 1,35% para 0,55%) e do álcool combustível (de 7,91% para 2,46%) subiram menos.

Também influenciou o resultado geral do IGP-M a inflação verificada na construção civil, provocada pelo aumento nos preços de materiais, equipamentos e serviços (de 0,07% para 0,20%). Já o custo da mão de obra teve elevação menos intensa (de 0,39% para 0,36%).

Entre os produtos que mais colaboraram para os aumentos de preços no varejo estão o aluguel residencial, com alta de 0,96%; a alcatra, que ficou 8,22% mais cara; o açúcar refinado (7,71%); o mamão papaya (10,90%) e o filé mignon (17,28%).