Nova York (EUA) - Os preços do petróleo alcançaram o maior nível em dois anos nesta segunda-feira em Londres e Nova York, apesar do fortalecimento do dólar, sustentados por uma onda de frio na Europa e nos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em janeiro terminou em US$ 89,38, uma alta de 19 centavos em relação à última sexta-feira.
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento subiu 3 centavos, a US$ 91,45.
O WTI continuou seu aumento do fim da semana passada, durante a qual ganhou mais de 6%.
"Há duas forças. O principal fator é a expectativa de uma alta da demanda com o tempo frio que se instalou na Europa e em parte dos Estados Unidos. Mas o leve fortalecimento do dólar moderou os lucros", explicou Bart Melek, da BMO Capital Markets.
A demanda de produtos petroleiros, em particular de combustível para calefação, se mantém sólida, alimentando o aumento dos preços de petróleo.
O mercado de petróleo também foi sustentado por especulações sobre a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) americano continue aumentando suas medidas de apoio à economia, indicou Tom Bentz, da BNP Paribas.
Ouvido na rede de televisão americana CBS sobre a possibilidade de que o Fed injete no sistema financeiro mais que os 600 bilhões de dólares já previstos para o período novembro-junho, o presidente do banco central, Ben Bernanke, respondeu que é "certamente possível".
Uma política monetária flexível nos Estados Unidos pesa sobre a cotação do dólar e a debilidade da moeda americana beneficia em geral as matérias-primas - cotadas em dólares - nas quais os investidores que buscam se proteger da inflação usam como refúgio.
Entretanto, o dólar fortaleceu-se nesta segunda-feira, ante temores sobre a crise orçamentária na zona do euro, em uma reunião dos ministros das Finanças da região em Bruxelas.