Rio de Janeiro - O Índice de Confiança de Serviços (ICS), que mede a confiança das empresas no desempenho do setor, caiu 0,3% de outubro para novembro, passando de 132,2 para 131,8 pontos. O resultado representa a terceira queda consecutiva. Desde agosto, o índice acumula redução de 2,2%. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta segunda-feira (6/12) os dados, há um ;quadro de desaceleração do ritmo de atividade do setor;.
O levantamento aponta que o recuo ocorreu em função da avaliação menos favorável sobre o momento presente. Em novembro, o Índice da Situação Atual (ISA-S), que verifica as condições presentes da economia brasileira, diminuiu 2,5%, de 125 para 121,9 pontos. Mesmo assim, o documento destaca que o ISA ainda é o segundo maior de 2010 e está 3,7 pontos acima da média do ano. Já o Índice de Expectativas (IE-S), que avalia as projeções sobre a situação da economia nos próximos meses, subiu 1,8%, ao passar de 139,4 para 141,8 pontos, após dois meses em queda.
O indicador que mede a satisfação com o nível de demanda atual foi o que mais contribuiu para o recuo do ISA-S de outubro para novembro, ao passar de 118 para 114,6 pontos. De acordo com o levantamento da FGV, das 2.234 empresas consultadas, 27,9% avaliam a demanda atual como forte e 13,3% a avaliam como fraca. Em outubro, o primeiro grupo havia somado 28,8% e o segundo, 10,8%.
Já o quesito que mais influenciou o aumento do IE-S foi o que mede a tendência para os próximos seis meses, com elevação de 4,5%, ao passar de 137,9 para 144,1 pontos. A parcela de empresas que preveem melhora dos negócios subiu de 42,6% para 48,5%; e a proporção daquelas menos otimistas, que esperam piora nesse cenário, diminuiu de 4,7% para 4,4% do total.
Para calcular o Índice de Confiança de Serviços, a FGV coletou dados entre os dias 3 e 29 de novembro. As 2.234 empresas consultadas eram responsáveis por 771 mil pessoas ocupadas ao final de 2008.