Nova York - Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (10/11) em Londres e Nova York, levados novamente aos níveis mais altos em dois anos pela queda das reservas de petróleo e de produtos petroleiros nos Estados Unidos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate ("light sweet crude") para entrega em dezembro fechou a R$ 87,81, em alta de R$ 1,09 em relação à terça-feira. O barril de WTI voltou a subir após pôr fim na terça-feira a uma série de seis sessões consecutivas em alta.
No Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 63 centavos, a R$ 88,93.
Os preços, vacilantes durante a manhã, passaram ao verde após a publicação do informe semanal do departamento de Energia americano, que mostrou uma queda espetacular das reservas petroleiras.
Os estoques de petróleo caíram 3,3 milhões de barris, quando os analistas ouvidos pela agência Dow Jones Newswires previam um aumento.
As reservas de gasolina perderam 1,9 milhão de barris e as de produtos destilados (díesel e combustível para calefação) baixaram cinco milhões de barris.
"As importações caíram, provavelmente em resposta ao aumento dos preços do petróleo, e o consumo no mercado nacional - uma indicação da demanda - recuperou-se, subindo 2,9% em relação a um ano antes, após três semanas de evolução negativa ou de pausa", afirmaram analistas da Standard Chartered.
"O mercado constata, por um lado, que a reversão da tendência do dólar não será provavelmente um fenômeno permanente, e por outro lado, pensa que o crescimento mundial será considerável, em termos de demanda de energia, isso graças às novas medidas de reativação" nos Estados Unidos, indicou Bart Melek, da BMO Capital Markets.
O mercado superou dados decepcionantes vindos da China, onde as importações de petróleo caíram em um terço em outubro em relação a setembro, que havia marcado um recorde. Standard Chartered relativizou a importância deste dado, afirmando que a China teve uma semana de férias em outubro.