Brasília - Após fechar outubro com a segunda maior entrada de dólares do ano, o Brasil iniciou este mês com saída de recursos. Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quarta-feira (10/11), na primeira semana do mês, houve saída líquida (descontada a entrada) de US$ 1,406 bilhão.
O segmento responsável pela maior saída de recursos foi o comercial, com saldo negativo de US$ 957 milhões. O fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) apresentou saída de US$ 449 milhões.
De janeiro até o dia 5 de novembro, houve entrada líquida de US$ 22,633 bilhões, contra US$ 21, 468 bilhões registrados em igual período de 2009. Os dados acumulados este ano até a semana passada mostram que o fluxo financeiro apresentou entrada líquida de US$ 26,251 bilhões, enquanto o comercial apresentou saída de US$ 3,618 bilhões.
No dia 18 de outubro, o governo anunciou o aumento da alíquota do Imposto de Operações Financeiras (IOF) de 4% para 6% para investidores estrangeiros que aplicam em renda fixa. O governo também aumentou, de 0,38% para 6%, a alíquota do IOF cobrado sobre a margem de garantia dos investimentos estrangeiros no mercado futuro. A medida foi adotada para conter a queda do dólar, em momento de forte entrada da moeda no país.
O BC também informou hoje que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 1,106 bilhão. Em outubro, essas compras aumentaram as reservas em US$ 7,593 bilhões.