Rio de Janeiro - O advento do carro flex fuel (bicombustível), que constitui hoje a maioria dos veículos vendidos no país, deu ao consumidor a opção de escolher o melhor preço entre a gasolina e etanol, vem servindo de parâmetro para a regulação dos preços e levou o consumo de álcool combustível a superar o da gasolina pela primeira vez em 20 anos.
Em fevereiro deste ano, o baixo preço do etanol levou o consumo de álcool (anidro e hidratado) a superar o da gasolina, o que não acontecia desde a década de 80, no auge do Proálcool. Em fevereiro, o país consumiu 1,432 bilhão de litros, contra 1,411 bilhão de litros de gasolina, uma diferença de 21 milhões.[SAIBAMAIS]
Na ocasião, o superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Edson Silva, atribuiu o resultado à queda no preço do álcool comercializado nas bombas, aliada ao aumento das vendas de carros do tipo bicombustível.
Segundo a ANP, o consumo de álcool hidratado fechou o primeiro bimestre do ano com crescimento de 56% em relação a igual período do ano passado, enquanto o de gasolina cresceu 2,9% e o do diesel, 11,5%.
Em janeiro do ano passado foram consumidos no país 1,520 bilhão de litros de gasolina e 1,088 bilhão de litros de álcool (anidro e hidratado). Já em dezembro, a diferença no consumo dos dois combustíveis chegava a menos de 100 milhões de litros, com 1,703 bilhão para gasolina e 1,604 bilhão para o álcool. E em janeiro deste ano, era de apenas 49 milhões, com 1,515 bilhão de gasolina consumida e 1,466 de álcool.