Nova York - A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira (4/11), impulsionada a níveis não alcançados desde a queda do banco Lehman Brothers, em 2008, pelo anúncio de novas medidas de reativação nos Estados Unidos: o Dow Jones ganhou 1,96% e o Nasdaq, 1,46%.
Segundo números definitivos do fechamento, o Dow Jones Industrial Average avançou 219,71 pontos, a 11.434,84 unidades, seu nível mais alto desde 11 de setembro de 2008, antes do colapso do Lehman Brothers, e o Nasdaq subiu 37,07 pontos, situando-se a 2.577,34.
O índice ampliado Standard & Poor;s 500 avançou 1,93% (23,10 pontos), a 1.221,06 unidades.
"É a continuação da resposta positiva aos anúncios do Fed que o mercado iniciou no fim da sessão de ontem (quarta-feira). As praças financeiras mundiais também reagiram positivamente", constatou Scott Marcouiller, da Wells Fargo Advisors. "Às vezes é necessário algum tempo para assimilar as coisas", acrescentou o analista.
Em um artigo publicado no Washington Post nesta quinta-feira, o presidente do Fed, Ben Bernanke, explicou e defendeu a decisão do banco central de injetar US$ 600 bilhões no circuito financeiro para sustentar a recuperação e os preços.
"Não apenas explicou as razões pelas quais acredita que as medidas vão funcionar, mas também chamou a atenção, de maneira explícita, sobre o fato de que o sucesso do mercado da bolsa seria consequência direta da flexibilização quantitativa", afirmou Marc Pado, da Cantor Fitzgerald.
As ações também foram sustentadas pela queda do dólar, que torna mais atrativos os ativos cotados na moeda americana. Além dos valores financeiros, o setor mais buscado nesta quinta-feira foi o da energia, em um dia em que os mercados de matérias primas ganharam com a debilidade do dólar.
O mercado de obrigações a médio prazo se beneficiou com os anúncios do Fed. O rendimento do bônus do Tesouro a dez anos baixou para 2,484%, contra 2,619% na quarta-feira, e o do bônus a 30 anos fechou a 4,044%, contra 4,063% na véspera.