Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que o investimento público em educação chegou a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. Isso representou um acréscimo de 0,3 ponto percentual em relação ao que foi investido em 2008 (4,7%). A relação entre recursos aplicados e PIB é um parâmetro usado internacionalmente para aferir o volume de investimentos no setor.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou que o incremento se deu exclusivamente na educação básica, já que o percentual do PIB referente aos investimentos no ensino superior foi o mesmo de 2008 (0,7%). Segundo ele, esse crescimento dos gastos com o ensino básico é importante para diminuir a diferença em relação ao ensino superior. Em 2000, um aluno da educação básica custava 11 vezes menos do que um universitário. Essa proporção caiu para 5,2 em 2009.
Durante a campanha eleitoral, a presidenta eleita Dilma Rousseff defendeu que o país aplicasse 7% do PIB em educação. Esse é o patamar médio de investimento dos países desenvolvidos.
O próximo Plano Nacional de Educação (PNE), que será enviado ao Congresso Nacional ainda este ano, irá traçar metas de investimento em relação ao PIB para os próximos 10 anos. De acordo com Haddad, o texto já está pronto, mas ele não quis adiantar quais serão os percentuais recomendados.
Desde o início da série histórica, o gasto público em educação passou de 3,9% em 2000 para 5% em 2009. O maior crescimento se deu entre 2005 e 2006, de 3,9% para 4,3%.