Madri - O chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, declarou nesta quarta-feira (6/10) que a economia espanhola, que luta por sair da recessão, enfrentará mais um ano "de dificuldades".
"Ainda vamos ter um ano de dificuldades pela frente", reconheceu, em entrevista à emissora privada de televisão Telecinco.
Além disso, a criação de empregos "vai levar pelo menos um ano", avisou, enquanto o desemprego atinge, na Espanha, 20% da população economicamente ativa.
Por outro lado, explicou que os salários dos funcionários públicos, que este ano sofreram um corte de 5%, ainda demorarão em recuperar o nível anterior "dois ou três anos" a partir de 2011, ano em que estarão congelados.
Depois de pouco mais de um ano de recessão, a economia espanhola luta por voltar a crescer e embora o tenha feito a duras penas na primeira metade do ano (0,1% e 0,2% no primeiro e no segundo trimestres), se prevê que o crescimento no fim de 2010 seja negativo (-0,3%), antes de uma recuperação em 2011.
Além disso, o governo espanhol revisou para cima, há duas semanas, as projeções de desemprego para 2010, de 18,9% para 19,3%, e reconheceu que "a recuperação do emprego é mais lenta do que desejaríamos".