Brasília ; O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou ligeira queda no mês passado, depois de quatro meses seguidos de crescimento.
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6/10) pela CNI mostra que o Inec caiu 0,8 ponto percentual em setembro, comparado ao índice de agosto, mas permanece em 118,3 pontos, o que demonstra bastante otimismo dos brasileiros. O índice tem base fixa de 100 pontos. Qualquer valor acima disso é de expectativa positiva.
De acordo com nota técnica da CNI, a leve queda do Inec deve-se, em grande parte, à deterioração das expectativas sobre inflação e desemprego. A pesquisa detecta o sentimento dos brasileiros sobre a evolução da inflação, do desemprego, da renda pessoal, do endividamento e da intenção de compra de bens duráveis para os próximos seis meses.
O índice de expectativa do consumidor com relação à inflação caiu de 128,4 pontos, em agosto, para 124,2 em setembro, o que representa aumento na expectativa de crescimento da inflação. O índice encontra-se, porém, acima dos 120,2 pontos apurados em setembro de 2009.
Já o índice de expectativa sobre o desemprego registrou queda de 4,9% em setembro, quando registrou 136,7 pontos, contra 143,8 pontos em agosto. Isso significa que o consumidor espera aumento do desemprego nos próximos seis meses. De acordo com a CNI, esse movimento aparenta ser uma acomodação ao aumento do índice do mês anterior.
O Inec demonstra que as expectativas com relação à própria renda e à situação financeira do consumidor, permaneceram relativamente estáveis em relação ao mês anterior, com 114,9 pontos e 117,5 pontos, respectivamente. Enquanto isso, o índice de endividamento do consumidor caiu 1,3% no mês. Foi a segunda queda mensal seguida, o que significa que está caindo a proporção de consumidores que conseguem reduzir suas dívidas.
Apesar dessa situação, os consumidores esperam gastar mais em bens de maior valor. Esse índice aumentou de 112,1 para 114,5 pontos, na comparação de agosto com setembro. A CNI atribui a elevação à proximidade das festas de fim de ano, período tradicional de maiores compras.