Nova York - Os preços do petróleo, impulsionados pela nova desvalorização da moeda americana, aumentaram fortemente nesta terça-feira (5/10) em Nova York, a quase US$ 83, depois de alcançar na sessão o nível mais alto desde o início de maio.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em novembro fechou em US$ 82,82, em alta de US$ 1,35 em relação a segunda-feira. Na sessão, tinha alcançado US$ 82,99, nível mais alto desde 4 de maio.
Esses tetos foram favorecidos por uma nova desvalorização do dólar, que caiu ao piso de fevereiro ante o euro. A moeda americana cai depois que o Federal Reserve se declarou disposto a adotar novas medidas de apoio à economia, que implicam criação de moeda, afetando o valor da divisa americana.
"É a primeira fonte de inquietação", reconheceu John Kilduff, da Again Capital. O dólar "continua esse movimento de queda, isso influi sobre as matérias-primas, mas também sobre a Bolsa", em forte alta até o fim da sessão em Nova York.
"Enfrentamos barreiras de resistência importantes, como consequência, creio que nos dirigimos para os 83 dólares", completou. Na quarta-feira, "espero dados de reservas (petroleiras americanas) em alta e depois teremos as estatísticas (mensais) de emprego na sexta-feira, que poderão não ser tão ruins como as anteriores. Portanto, há muitas razões para continuar subindo".
Os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires prevêem uma redução de 100 mil barris nos estoques de petróleo do país, que no fim do verão do Hemisfério Norte tinham alcançado seus níveis mais altos em 20 anos. Os dados da semana passada já tinham mostrado uma forte baixa, uma informação recebida com aumento nos preços.