Nova York - O preço do petróleo se estabilizou nesta segunda-feira (4/10) em Nova York, depois de ter superado os US$ 82 durante a sessão, seu nível mais alto dos últimos dois meses, ultrapassando os US$ 84 em Londres.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em novembro terminou em US$ 81,47, em baixa de 11 centavos em relação à última sexta-feira.
Depois de ter ganhado mais de US$ 5 na semana passada, subiu nesta segunda-feira para US$ 82,38, nível mais alto desde 6 de agosto, estabilizando-se posteriormente.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 47 centavos, a US$ 83,28, tendo subido na sessão até US$ 84,41, teto desde 5 de maio.
"A direção do mercado está ditada pelo dólar", comentou Rich Illczyszyn, da corretora Lind-Walkock. "O aumento das últimas quatro ou cinco sessões foi provocado pela evolução das moedas", disse. A queda da moeda americana nas últimas duas semanas impulsionou os preços das matérias-primas (principalmente petróleo, ouro, prata), que as tornam mais atrativas para os compradores que contam com outras moedas.
Mas o dólar se recuperava parcialmente nesta segunda-feira, pressionando os preços para baixo.
"A bolsa está em baixa (em NY), o dólar se fortalece, é uma anomalia" ver que o petróleo alcança novos tetos, comentou, por sua vez, Matt Smith, da Summit Energy. "É a continuação do movimento da semana passada".
Os preços foram sustentados na semana passada por uma inesperada queda das reservas petroleiras americanas, um alívio para o mercado depois que os estoques de petróleo alcançaram os níveis mais altos em 20 anos no fim do verão no Hemisfério Norte.
Segundo Smith, beneficiam-se também de um fenômeno de recuperação: começaram a subir na última semana de setembro, enquanto os mercados de ações e os preços dos metais tinham se orientado para cima desde o início do mês.