São Paulo - Cerca de 16 mil bancários estão em greve desde a manhã desta quarta-feira (29/9), na região metropolitana de São Paulo, de acordo com o balanço divulgado há pouco pelo sindicato que representa a categoria na capital e municípios da região metropolitana. Segundo o balanço, 350 agências e oito centros administrativos estão fechados. O sindicato, que representa 130 mil bancários, informou que amanhã haverá uma passeata na capital paulista e na próxima sexta-feira, uma nova assembleia.
A categoria tem data-base em 1; de setembro e reivindica aumento de 11%, participação nos lucros e resultados equivalente a três salários mínimos mais R$ 4 mil, vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e auxílio-educação. A pauta foi entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em 11 de agosto.
A Fenaban informou que, em função da greve, parou de negociar com a categoria. Segundo nota da entidade, foi oferecido aos funcionários a reposição da inflação para negociar aumento real, mas, com a greve, os bancos devem adotar medidas legais para garantir o atendimento nas agências e postos bancários.
Ainda de acordo com a nota, a Fenaban aceita discutir o reajuste mas não pode aceitar os índices pleiteados pelo sindicato, classificados como exagerados. ;Os bancários vêm recebendo aumento real, acima da inflação, desde 2004 e contam com a melhor convenção coletiva de trabalho do país, a única de âmbito nacional, e garantia de participação nos lucros e resultados; com a maior e mais ampla lista de benefícios, incluindo a menor jornada de trabalho do país, de seis horas e cinco dias por semana;, afirmou a federação.