Jornal Correio Braziliense

Economia

Wall Street fecha em leve queda em dia sem surpresas

Nova York - A Bolsa de Nova York fechou em leve baixa nesta quarta-feira (29/9), em um mercado no qual os investidores aproveitaram a ausência de indicadores importantes para capitalizar ganhos acumulados desde o início do mês. O Dow Jones perdeu 0,21% e o Nasdaq, 0,13%.

Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 22,86 pontos, a 10.835,28 pontos, e a bolsa eletrônica Nasdaq caiu 3,03 pontos, a 2.376,56 pontos.

O índice ampliado Standard & Poor;s 500 retrocedeu 0,26% (2,97 pontos), a 1.144,73 pontos.

Depois de passar o dia perto do equilíbrio, os índices de Wall Street orientaram-se para baixo na última hora de operações.

"O mês de setembro foi muito bom até agora", observou Art Hogan, da Jefferies. "Agora são necessários catalizadores importantes para continuar subindo. Hoje (quarta-feira), não tivemos nenhum, como consequência, é compreensível que as ações sejam avaliadas e que se retire dinheiro da mesa".

O Dow Jones registra uma alta de mais de 8% desde o início do mês. Se este nível for mantido até a noite de quinta-feira, será o melhor mês de setembro desde 1939.

Na ausência de indicadores econômicos nos Estados Unidos, o mercado inquietou-se sobre a situação orçamentária da Irlanda, que deve anunciar na quinta-feira o custo final do resgate do banco Anglo Irish. Por outro lado, a quarta-feira foi marcada por uma greve geral contra as medidas de austeridade na Espanha, outro país da zona do euro que enfrenta uma pesada dívida pública.

Outra razão para a cautela: a influente analista Meredith Whitney estimou que a próxima crise poderá originar-se no endividamento dos Estados americanos, assim como a última veio dos bancos.

O mercado obrigatório caiu. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiu para 2,506% contra 2,456% na noite de terça-feira, e os títulos de 30 anos, a 3,691% contra 3,648%. O rendimento dos títulos evolui no sentido oposto aos preços.