Nova York - Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (29/9) em Nova York, e o barril de referência fechou perto dos US$ 78, sustentado pelo contínuo enfraquecimento da moeda americana e pela redução das reservas petroleiras no país.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em novembro fechou em US$ 77,86, alta de US$ 1,68 em relação à terça-feira. Na sessão, o WTI alcançou US$ 78,13, nível mais alto desde 11 de agosto.
O mercado superou as dificuldades pela manhã, depois da publicação do relatório semanal do Departamento de Energia sobre as reservas nos Estados Unidos, que afetam atualmente o mercado pela abundância.
Notícia positiva para os preços, as reservas de petróleo caíram em 500 mil barris na semana passada, superando as previsões (menos 300 mil).
A principal surpresa veio, no entanto, dos estoques de produtos petroleiros.
As reservas de gasolina caíram 3,5 milhões de barris, quando os analistas esperavam um aumento de 600 mil barris. Os estoques de produtos destilados (diesel e combustível para calefação) reduziram-se em 1,3 milhão de barris, contra uma alta esperada de 200 mil barris.
"Com uma oferta de petróleo (importações produção) que caiu a níveis próximos de seus pisos mais recentes, os estoques de petróleo puderam retroceder 500 mil barris, apesar da baixa da taxa de utilização das refinarias", constatou Nic Brown, da Natixis.
Outro elemento positivo, o dólar continuou a queda, ficando nos níveis mais baixos em cinco meses frente ao euro.
O enfraquecimento da moeda americana é, em geral, benéfico para os preços dos ativos cotados em dólar, que se reduzem para os investidores que contam com outras moedas e servem de refúgio para aqueles que temem uma depreciação.