Washington - O número de pessoas que vivem na pobreza nos Estados Unidos subiu no ano passado para 43,7 milhões, ou seja, um em cada sete cidadãos, o número mais alto desde que o censo começou a coletar dados, informaram autoridades nesta quinta-feira (16/9).
Na comparação com 2008, mais quatro milhões de americanos passaram a viver abaixo da linha de pobreza em 2009, com menos de US$ 22 mil dólares por ano em famílias de quatro membros, informou David Johnson, chefe do escritório do censo dos Estados Unidos.
A taxa de pobreza subiu de 13,2% em 2008 para 14,3% em 2009 - ou uma em cada sete pessoas - para alcançar o nível mais alto desde 1994, informou Johnson, no dia em que o censo divulgou relatório anual sobre pobreza, cobertura de seguro-saúde e renda.
"Mas a taxa está 8,1 ponto abaixo de 1959, o primeiro ano em que as estimativas ficaram disponíveis", disse.
O aumento do desemprego foi apontado por Johnson como responsável pelo aumento da taxa de pobreza, apesar de ele ter se recusado a especular sobre as "causas reais".
O número de pessoas sem seguro-saúde também está ligado às altas taxas de desemprego. Esse volume também atingiu um recorde, ultrapassando a marca de 50 milhões no ano passado pela primeira vez, disse Johnson.
Quase 51 milhões de americanos não teve seguro-saúde em 2009, acima dos 46,3 milhões de 2008, mostrou o censo, baseado em dados coletados no início deste ano.
"Este é o número mais alto de não segurados desde 1987, o primeiro ano em que os dados passaram a ser coletados", disse Johnson.
Os mais atingidos pela pobreza são negros e hispânicos, em torno de um quarto dos quais vivem na pobreza - mais que o dobro da taxa de não hispânicos brancos.
As crianças também foram atingidas pelo aumento da pobreza nas nações desenvolvidas, com um em cada cinco pessoas com menos de 18 anos - em torno de 15,5 mihões de crianças - vivendo na pobreza no ano passado.
Dez por cento dos menores nos Estados Unidos, ou 7,5 milhões de crianças, não têm plano de saúde.
Crianças que vivem em lares pobres tem 1,5 vez mais chances de não ter seguro-saúde; 15% das crianças vivendo na pobreza não tinham seguro-saúde.