Nova Iorque - A Bolsa de Nova Iorque registrou forte alta nesta quarta-feira (1/9), tranquilizada depois de um mês de agosto difícil por um indicador industrial positivo nos Estados Unidos, que apazigou os temores sobre uma recaída da economia. O Dow Jones subiu 2,54% e o Nasdaq, 2,97%.
Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average subiu 254,75 pontos, a 10.269,47 pontos, e a bolsa eletrônica Nasdaq subiu 62,71 pontos, a 2.176,84 pontos.
O índice ampliado Standard & Poor;s 500 recuperou 2,95% (30,96 pontos) a 1.080,29 pontos.
"Começamos o mês de forma muito forte", disse Peter Cardillo, da Avalon Partners. "É uma conjunção de esperanças pela economia, de cobertura de posições e de caça a ofertas", depois de um "mês ruim" de agosto, completou.
O principal índice de Wall Street caiu 4,3% em agosto, pior desemprenho para este mês em nove anos.
Em alta já na abertura, os índices da praça nova-iorquina passaram a subir em uma velocidade maior depois da publicação do índice ISM dos gerentes de compras do setor industrial americano, que subiu a 56,3% em agosto, quando os analistas esperavam uma queda.
"Os investidores foram surpreendidos", observou Gregori Volokhin, da Meeschaert New York. "Tínhamos um nível de pessimismo que nunca vi em minha carreira. Todo mundo estava posicionado para um indicador industrial muito negativo".
Os outros dois indicadores do dia nos Estados Unidos confirmaram, no entanto, a desaceleração da recuperação: queda maior que o previsto em julho dos gastos com construção, a seu nível mais baixo em 10 anos, e a inesperada perda de empregos em agosto no setor privado, segundo a consultoria ADP.
Os investidores avaliaram também o aumento do índice dos gerentes de compras do banco HSBC sobre o setor industrial chinês, assim como os bons dados de crescimento na Austrália no segundo trimestre (1,2%).
O mercado obrigatório caiu. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiu para 2,582% contra 2,477% na noite de terça-feira, e os títulos de 30 anos para 3,662% contra 3,533%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto aos preços.