Jornal Correio Braziliense

Economia

Wall Street fecha em queda na ausência de indicadores

A Bolsa de Nova Iorque fechou em queda hoje (23/8), após uma sessão indecisa, na ausência de indicadores econômicos e nem os anúncios de aquisições conseguiram estimular o mercado: o Dow Jones perdeu 0,38%; o Nasdaq, 0,92%.

Segundo números definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 39,21, a 10.174,41 pontos, e o Nasdaq perdeu 20,13 pontos, a 2.159,63.

O índice ampliado Standard & Poor;s 500 retrocedeu 0,40% (4,33 pontos), a 1.067,36.

"Há muita incerteza, isso causa nervosismo, que provoca volatilidade", constatou Anthony Conroy, do BNY Convergex Group, depois de uma sessão em que o volume de operações foi muito baixo.

"Os resultados (trimestrais) são bons, mas não o suficiente para fazer a economia avançar? Os dados econômicos são ruins, mas já chegamos ao fundo?", perguntou o analista.

Vários anúncios e rumores de fusões-aquisições deram novos dados aos investidores e apoiaram o mercado no início da jornada, mas os ganhos não foram mantidos.

"Com mais provas de uma recuperação econômica, a atividade de fusão-aquisição seria certamente um barômetro para a economia. Infelizmente, isso vem junto com o ritmo desacelerado da recuperação, é desconcertante", considerou Art Hogan, da Jefferies.

Nesta segunda-feira, a fabricante de computadores Hewlett-Packard retomou a tentativa de comprar a especialista em arquivos de dados 3PAR, superando a oferta da rival Dell.

Mas o anúncio causou a queda das ações da HP, que integra o índice Dow Jones e os valores tecnológicos estiveram entre os mais castigados.

"As (ações) do setor financeiro não se recuperam. Neste final de semana a imprensa falava dos fluxos de liquidez que saem dos fundos de ações. Certamente isso não é bom", ressaltou Anthony Conroy.

O mercado de obrigações fez uma pausa, depois de subir na semana passada a níveis inéditos. O rendimento do bônus do Tesouro para 10 anos ficou em 2,607% contra 2,612% na noite de sexta-feira e o dos títulos para 30 anos ficou em 3,666% contra 3,661%. O rendimento das obrigações evolui no sentido inverso aos preços.