Jornal Correio Braziliense

Economia

Associação descarta prejuízos à população por causa de greve de residentes

Brasília - O presidente da Associação Brasiliense de Médicos Residentes (Abramer), Cássio Rodrigues, afirmou que os atendimentos na rede pública de saúde não serão prejudicados por causa da paralisação da categoria. Mais de 22 mil médicos-residentes em todo país devem entrar em greve até o final da semana.

;Os residentes não são os responsáveis diretos pelos atendimentos. Mas o que acaba acontecendo é que fazemos o trabalho do médico. Com a nossa paralisação os médicos vão ter que trabalhar efetivamente, caso contrário, o atendimento será prejudicado;, disse o presidente da Abramer.

No Hospital de Base do DF, um dos mais movimentados da região, o atendimento ocorre normalmente e nenhuma consulta foi desmarcada por falta de médicos. Segundo a direção do hospital, o impacto da falta dos residentes deve ser sentido nos próximos dias, principalmente no ambulatório.

[SAIBAMAIS]Segundo a Associação Nacional dos Médicos-Residentes (ANMR), 80% da categoria já aderiu à greve. Eles reivindicam aumento de 38,7% da bolsa, que, atualmente, é de R$ 1.916,45. Os ministérios da Saúde e da Educação propõem um reajuste menor, de 20%.

Os cerca de 10 mil médicos-residentes do estado de São Paulo vão discutir se continuam a greve ou se aceitam a proposta do governo durante assembleia amanhã (19). No Distrito Federal, os residentes recusaram ontem (17) a proposta do governo e decidiram manter a greve.

De acordo com a ANMR, a categoria está discutindo se aceita a proposta de 20% do governo, mas a tendência é que a greve continue por tempo indeterminado.