São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou na segunda prévia de agosto a oitava queda seguida (-0,19%). O resultado é 0,01 ponto percentual inferior ao medição passada (-0,18%).
De acordo com a análise do Ibre, a deflação foi influenciada, principalmente, pelo grupo habitação, que apresentou redução na velocidade de alta, passando de 0,27% para 0,20%. O destaque foi a conta de luz, com alta de 0,37%, bem menor do que na pesquisa anterior (0,64%).
Também ocorreu redução no ritmo de correções nos grupos despesas diversas, de 0,91% para 0,73%, e saúde e cuidados pessoais de, 0,49% para 0,35%. Em educação, leitura e recreação, a taxa passou de uma estabilidade de 0,02% para uma queda de -0,10%. No grupo vestuário, a deflação foi maior (de -0,87% para -0,90%).
Os preços dos alimentos mantiveram-se em queda e o IPC-S ficou em -1,09% em média. O resultado, porém, é menos expressivo do que no último levantamento (-1,20%). Foram constatadas recuperação dos preços em dois segmentos desse grupo: carnes bovinas, cuja taxa subiu de 0,99% para 1,72%, e laticínios, de -1,51% para -0,95%.
Em transportes, o IPC-S apresentou a terceira elevação seguida, de 0,21% para 0,29%. Além do novo aumento do álcool combustível, de 4,06% para 5,73%, foi constatada elevação nos serviços, de 0,09% para 1,02%.
Os itens que mais pressionaram a taxa no período foram: alho (de 13,95% para 13,68%); álcool combustível (de 4,06% para 5,73%); cigarro (de 2,12% para 1,36%); manga (de 11,67% para 11,27%) e aluguel residencial (de 0,41% para 0,42%).
Os que contribuíram para a queda inflacionária foram: batata-inglesa (de -26,50% para -30,76%); mamão papaia (de -17,19% para -22,39%); tomate (de -28,50% para -21,16%); cebola (de -9,36% para -14,00%) e leite do tipo longa vida (de -3,64% para -2,31%).