Berlim ; A Alemanha vai manter a meta de levantar cerca de 65 bilhões de euros (R$ 147 bilhões) em novas dívidas neste ano, apesar do crescimento econômico recorde e de arrecadar mais com receitas fiscais. O Ministério de Finanças acredita que uma nova dívida será necessária para manter o equilíbrio das contas públicas. A maior economia da Europa cresceu no segundo trimestre 2,2% em seu ritmo mais rápido desde a reunificação. As companhias aceleraram o investimento e as exportações avançaram no mais recente sinal de que a retomada ganhou fôlego.
A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país superou todas as projeções dos especialistas. Com o salto, bancos e consultorias passaram a cogitar um ganho acima de 3% ao fim do ano. O instituto alemão para a economia global (IfW, na sigla em inglês) estima uma adição de 11 bilhões de euros (R$ 24,8 bilhões) nas receitas com impostos neste ano e de cerca de 15 bilhões de euros (R$ 33,9 bilhões) em 2011. Em maio, o Ministério de Finanças informou esperar que as receitas fiscais alcançem 510 bilhões de euros neste ano (R$ 1,1 trilhão).
Já a economia francesa pode crescer mais do que a previsão de 1,4% neste ano, indicou o ministro do Orçamento, François Baroin. O crescimento de 0,6% do PIB francês no segundo trimestre permite que o governo ;confirme o objetivo de 1,4% e talvez até um pouco mais para este ano;, afirmou Baroin à rádio France Info. Graças a um aumento da receita fiscal, por causa do crescimento econômico extra, o governo da França conseguirá atingir seu duplo objetivo de controlar e cortar seus deficits ao mesmo tempo em que evita aumentar os impostos.
A ministra da Economia Christine Lagarde disse na sexta-feira que o objetivo de 2010 será atingido, mesmo se o ritmo de crescimento desacelerar para 0,2% no terceiro e quarto trimestres. Em sua última previsão, o Banco da França reforçou que esperava um salto de 0,3% do PIB enquanto a agência de estatísticas oficial da França prevê 0,4%.